quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pode o céu ser tão longe


Vesti a luz do teu nome


E chamei-te pela noite




Entraste no meu sono


Como o luar entra na fonte




Trazes histórias e proezas


Dizes que tens tanto para me dar




Deixas sombras incertezas


E partes sem nunca me levar




E de repente, um mar sozinho


Ninguém na margem


Ninguém no caminho


Tão frio...




E o teu beijo mata-me a distância


Ninguém tão perto pode o que o beijo alcança


E o meu corpo chora quando o teu vai embora.




Porque o teu mundo é tão longe


Tão longe


Pode o céu ser tão longe


Tão longe


Se a tua voz vibra em mim




Há um deserto que fica


Sou um capitão sem barco




E qundo vens pela bruma


Acendem-se as estrelas no quarto




E dizes: Trago a luz das sereias


Trago o canto da tempestade




E como o vento na areia


Deitas-te em mim feita metade




E de repente, um mar sozinho


Ninguém na margem


Ninguém no caminho


De tão frio...




E o teu beijo mata-me a distância


Ninguém tão perto pode o que o beijo alcança


E o meu corpo chora quando o teu vai embora...




Porque o teu mundo é tão longe


Tão longe


Pode o céu ser tão longe


Tão longe


Se a tua voz vive em mim



Pedro Abrunhosa

1 comentário:

  1. Que dizer de mais um texto deste grande senhor que muito admiro e, que acompanho sempre. As suas palavras conseguem tocar-me a alma!

    Obrigada por o trazeres aqui!

    Bjo com carinho da Luz

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