Às vezes,
Não tenho a certeza de que
o céu é infinito
E de que o seu sol ainda é
amarelo.
Não tenho a certeza de que
o som é invisível
E de que o teu sorriso é
de todos o mais belo!
Às vezes,
Não tenho a certeza de que
os trevos dão sorte
E de que os vulcões cospem
lava ardente.
Não tenho a certeza do que
me vai na alma
E do que o meu coração
deveras sente!
Às vezes,
Não tenho a certeza de que
existe um Deus
E de que ele está em toda
a parte.
Não tenho a certeza que
existe também o amor
E se, por isso mesmo,
devo, ou não, amar-te!
Às vezes,
Não tenho a certeza da
minha vontade
E de que quero aquilo que
julgo querer.
Não tenho a certeza do que
acho ser verdade,
Apenas de que quero
amar-te até morrer!