sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Adeus…
Já não somos nós amor!
Já não fazemos os mesmos beijos,
Foi-se embora parte da cor!
Daquela cor que se pintava o nosso amor!
Um retrato luminoso de papoilas
E alperces dourados…
Sóis amarelos, como os teus olhos,
mundos castanhos sombreados…
Moldura impressionada
que já não impressiona…
Já lá não estão as papoilas,
Só um risco, uma linha
Que nada contorna…
Foi-se a pintura virgem,
Ficou uma falsa floresta
De desejos dúvios…

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."

Che Guevara

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Poesias

Poesias…
Gritos de socorro petrificados
Na vã fotografia das palavras.
Berros agudos e surdos que não calam
E flúem céleres no silêncio!
Atrocidades? Espinhos pontiagudos
Que rompem o tecido podre das pedras,
Que dormem mudas, com voz pequena e frágil.
Agredidas pelos gritos intensos, aterroradores
Mas sonolentos…não dormem
Porque receiam o fim!
Dormem acordadas um sono que não existe
À espera do beijo deporador para acordar…
O beijo boçal e único beija
Os gritos ilesos que ressurgem do salivar!
Sua saliva trivial mas doce
Abraça as pedras lúgrubes…
Frémitos de água que escorrem
E não molham, beijos secos!
As pedras adormecem dos gritos
De quem se só ouve já um lamento…
Uma indignação de espanto…
Um berrar de lânguidade vã e nua,
Despido de sedução e sensualidade!
Gemidos silenciosos e neutros,
De efeito raso e vazio,
Que não são ouvidos
Porque não existem bons ouvintes.
Gritos ambulantes e objectivos,
Gritos na hipérbole da sinestesia,
Nas palavras abandonadas e magoadas.
Num sono fingido…
Gritos de poesia!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A vida


“Adormeci e sonhei que a vida era alegria.
Acordei e vi que a vida era serviço.
Agi, e vi,
Serviço era Alegria."

Rabindranath Tagore