sábado, 28 de março de 2009

Apetece-me...

Apetece-me a ti ao meu lado,
Com a tua boca disponível…
Apetece-me, não sei…
Desse apetecer que só apetece
Quando não estás visível!
Ver-te, tocar-te, sentir-te…
Apetece-me, sei que apetece-me…
Desse apetecer que só apetece!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Kizomba e liberdade...


Kizomba é um género musical e de dança originário de Angola , que nasceu na década de 80, e uma fusão entre semba e zouk. É também o nome de um instrumento musical e de uma festa do povo negro que resistiu à escravidão. Significava congregação, confraternização, resistência, luta por liberdade e por justiça. Kizomba era festa e resistência cultural de um povo. A festa do negro, do pobre e do índio. Era a exaltação da vida e da liberdade.

sábado, 21 de março de 2009

Flores de cristal

O espelho que cai no chão
quebra no silêncio,
numa noite fria de dor...
Tenho saudades
quando cantava p'ra ti
e os teus olhos eram flores de cristal.
Doeu ouvir certas palavras,
relatórios, certezas de ti...
Vou sentir saudade
de tocar no céu.
Vem dar cor à minha vida,
despertar num sonho meu.
Apenas ficam sinais,
histórias do nosso passado
e nada mais...
Ai, quem me dera ter-te aqui,
tocar na tua mão! Na tua mão...
(...)

João Portugal

terça-feira, 17 de março de 2009

Saber a amor!



Queria sentir o sabor do teu beijo,
Daquele sabor insípido que só sabe a amor.
Beber tua saliva! Ainda ter sede de desejo…
Sentir o meu corpo vibrar do teu calor!

Assomos de beijos molharem meu corpo,
Sentires de mim o doce sabor a nada.
Um nada que sabe a tudo e a pouco…
Laivos de pétalas, rosa delicada…

Tocares em mim, teus dedos escorregarem
Sobre a minha pele pálida e nua…
Teus olhos vivos, acesos olharem-me e
Descobrires que continuo a ser só tua!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Freud já não mora aqui


"É que, segundo Freud, as crianças começavam a ser "polimorfos perversos" desde muito pequenas. Os rapazinhos, aparentemente, não sabiam se haviam de fugir com a mãe antes ou depois de terem morto o pai; se haviam de consumar o incesto com a mãe no seu quarto de brinquedos ou no quarto de dormir dos progenitores. Por um lado, o seu pequeno quarto era mais íntimo e podiam brincar com os carrinhos enquanto faziam amor, mas a caminha era demasiado estreita para certas efusões. Por outro lado, no quarto dos pais havia aquela cama enorme que era muito mais cómoda. Sobretudo se o miúdo já tivesse lido o kamasutra.
Hoje em dia, estas personagens do triângulo edipiano, a mãe e o pai, passaram para segundo plano. Primeiro está ele, o ursinho, o tigresinho, o peluche."


in O mundo imaginário das crianças
de Tilde Giani Gallino