sábado, 24 de abril de 2010

Amar



Neste momento
Em que as lágrimas me correm
Pelas faces abaixo,
Sinto-me perdida num rio
Sem leito, sem margens, incessante.
São nestes momentos frios e pesados
Que afogamos as nossas mágoas,
Os nossos desgostos.
Mas não estou verdadeiramente triste
Por te amar sem ser amada,
Porque sei, porque tenho a certeza
De que amo por mim e por ti.

96/05/23

7 comentários:

  1. "Que pode uma criatura, entre criaturas, senão amar?"
    Beijo.

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  2. Querida Carla,
    Que bonito este teu poema! Um acto de pura doação ao outro, mas que nem sempre é reconhecido. Amar é o sentir mais belo que podemos abarcar em nós, mas há amar e saber amar, assim como há que saber ser amado.

    Gostei muito de te ler como sempre.

    Bjo da Luz

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  3. Olá

    O texto/poema revela uma capacidade inteira de te dares e amar, mas fica a dúvida se conseguiremos amar sempre um outro com a mesma intensidade ou se nos hipotecamos nos amores que nao nos correspondem. Seja como for, gostei sobretudo da intensidade e da calma que emana por amares o outro ainda que nao te ame a ti.

    beijinhos amigos

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  4. Muito obrigada pelos comentários a este meu poema.
    Este poema foi escrito por mim há 14 anos, quando ainda era quase uma criança :)
    Resolvi partilhá-lo convosco pela sua intensidade do amor que revela. Ainda bem que gostaram...de facto, eu sempre tive muita capacidade para amar!
    Bjs

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  5. Adorei é sem duvida uma maneira pequena de demonstrar algo enorme, embora invisivel...está simplesmente uauuu!!!
    Seria tudo tão mais facil se os sentimentos fossem visiveis, mas que piada teria o sofrimento?? :S

    bj

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  6. ...arrepiante, este teu poema...

    Excelente.

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  7. Esse imenso que aperta cá dentro precisa de explodir para o olhar voltar a sorrir.

    Abraço

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