quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Amor…
Eras sincero e puro,
De asas tão nevadas…
Agora és pouco e duro,
De asas tão pesadas.

Amor…
Eras tanto e eterno,
De fogo ardente e escarlate.
Agora és atroz, és inferno;
És vento e o fogo apagaste.

Amor…
Eras rosa delicada,
De perfume tão primaz…
Agora és espinho, espada
Que rompe, fere, mordaz.

Amor…
Eras verdadeiro e pudico,
De uma espontânea vontade.
Agora és efémero, pútrido;
Chama acesa sem verdade.

Amor…
Eras tudo e soberano,
De ceptro opíparo, opulento…
Agora és nada, és insano;
Olvido esquecido, indeferimento.

3 comentários:

  1. Gostei muito deste poema.
    Revi muitas imagens, senti muitos momentos, palavras ditas e muitas outras ainda por dizer..., sempre que o amor seja tudo ao invés de já não querer ser nada...

    Obrigada por este momento.
    ElsaTL

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  2. Foi com alguma surpresa e emoção que li os teus comentários.
    Obrigado pelas palavras que me transmites.
    São palavras como essas que por vezes nos fazem entrar naquele mundo tão nosso, tão íntimo e nos dá a força de escrever.
    E, quando conseguimos de certa forma que se revejam e sintam as palavras, a felicidade invade-nos.
    Obrigado e parabéns pelo lindo poema que nos faz vijar no colo do amor.
    JC

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