quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hoje sinto-me assim...


Hoje sinto-me assim...


Sinto-me como que me roubassem a alma,


como se o vento a empurrasse p'ra bem longe daqui...


longe do meu corpo e o deixasse apenas com os seus pecados!


Sou e já não sou eu,


como se quem fui tivesse anoitecido, cuspido como um veneno.


Não bebas do meu veneno e, eu não te mato...


Deixa-me morrer a mim!


4 comentários:

  1. Mais um poema que demonstra uma grande maturidade poética.
    Um poema que transborda a riqueza da palavra.
    Parabéns

    JC

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  2. Carla, que poema! Forte, intenso, muito profundo.
    Temos dias assim..., em que sentimos como se nos tivessem levado o que temos de mais essencial - a alma -, mas não o podemos permitir, é essa a nossa diferença, manter a alma sã, lúcida. Olharmo-nos no espelho e ver que os nossos olhos são o reflexo da mesma, que a nossa essência permanece.
    Muito poderoso como foi dito no comentário anterior e, de uma beleza transcendente.
    Bjo

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  3. E na ressurreição do dia, uma retemperadora brisa devolverá o perfume de ter uma alma viva.

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